sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

e o que você fez?

mais uma ceia de Natal chegou. mais família reunida, mais orações, mais abraços, mais beijos, mais desejos, mais amigos secretos, mais presentes, mais dizeres, mais peru, mais vinho, mais manjar... mais uma ceia de Natal.
mas não é a mesma coisa... a cada ano que passa, eu percebo o quanto a minha concepção sobre o Natal mudou.
até os meus 15 anos, o que eu queria mesmo era ganhar presentes. comer um pouco e continuar desembrulhando presentes. essa era a magia do Natal.
é... os anos passam. passam e, com eles, o espírito muda.
os presentes continuam a ter valor, sim, mas outras coisas vêm antes. os abraços, os dizeres bonitos...
você acaba por perceber que você estava acostumado com o abraço de um número contado de pessoas. e, por inúmeros motivos, esse número de pessoas muda.

antes fosse um aumento.

eu percebi que, para as pessoas que perderam seus maridos, suas esposas, suas mães, seus pais, seus irmãos, tios, tias, avós, primos, primos, amigos ou seja lá quem for, o Natal tem um significado muito diferente. muito mais forte. muito mais intenso.
é nessa época que o coração aperta, mesmo que a Igreja insista em dizer que devemos deixar todos os sentimentos pra lá, e só pensar na paz que o menino Jesus vem nos trazer.
sinceramente? é impossível. e quem já perdeu alguém ou alguéns que o diga!

quem vai à Igreja pode entender a minha revolta.
temos que engolir que Natal é época de apenas rezar e ficar aguardando o Salvador chegar.
eu tenho as minhas crenças, eu gosto da religião que 'tenho' e, principalmente, gosto de ir à Igreja, mas, por favor... quem disser que não espera o Natal pra ganhar um presentinho e comer um pouco mais do que o normal está inventando uma grande mentira.
por favor... vamos deixar que nosso espírito consumista e egoísta se aflore, sem nos sentirmos culpados porque Jesus está chegando e nós nem nos lembramos do sentido disso direito.
e se as crianças crescem sem entender o sentido religioso do Natal, a culpa é inteiramente dos pais, da televisão, do marketing, da mídia... e que os avós percebam isso e parem de dizer que no tempo deles tudo era diferente.

apesar de toda a saudade, todas as mudanças dolorosas e minhas opiniões, o Natal continua sendo o Natal, e faz bem fazer a vida girar em torno de um dia, durante apenas um dia. não importa se há quem não comemore essa data e se ela não tem sentido algum para muitos. o que importa é que é nessa data que o coração fica mais gentil conosco mesmo e com o próximo.

Feliz Natal, vida.

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nada de muito interessante. só alguém que não vive sem música e sem amor.