sábado, 30 de janeiro de 2010

inconstância.

eu posso, depois de 18 anos, seis meses e 25 dias, dizer que sou uma pessoa inconstante. inconstante no humor. inconstante em tudo que seja relacionado a mim mesma.
qual é a chance de eu acordar feliz e permanecer nesse estado até à noite? nula.
não é frescura. isso funciona com tristeza também.
não há doença, morte, coração quebrado que consiga me manter triste por um dia inteiro.
sou uma pessoa intensa, sim, só que os sentimentos nunca duram aqui.
agora estou me gostando. daqui a pouco resolvo que quero mudar o cabelo, trocar de roupa, me maquiar, mesmo que eu não tenha motivo algum para isso.
tem dias que, só de pensar em ficar em casa, eu fico enjoada. quero sair, gritar, pular... mudar completamente de rotina. e em outros, eu resolvo que quero ficar enfiada no meu quarto, mesmo que eu tenha a certeza de que não farei nada e que o mais divertido dos meus passatempos será brincar tentar pegar no sono e não conseguir jamais.

é por isso que eu super acredito e confio na palavra relatividade.
tudo nessa vida é relativo.
pense nos homossexuais. pense nos ativos. pense nos passivos.
qual a graça ser sempre igual? ter as mesmas ações? as mesmas idéias? as mesmas vontades? curioso mesmo é ter contato com a tal relatividade.
agir de acordo com o que a situação exige. com o que ela quer extrair de você.
o melhor verbo inventado para isso 'depender'. ué...depende do quê? do dia. da hora. do momento. do meu humor.

todos nós temos dentro de nós mesmos um pouco de humor lunar. só temos que aprender que não podemos pedir que os outros o entendam.

#fato

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

insatisfação

uma das coisas que sempre me irritou no ser humano é a constante insatisfação que ele tem. e essa irritação mora em mim por um simples motivo: eu também sou um ser humano.
pode estar tudo certo, tudo lindo... eu posso ter uma família perfeita, um ótimo emprego, poucos e bons amigos em quem confiar, estabilidade financeira, uma casa, um carro... sempre tem aquela coisinha que falta. aquele pequeno detalhe que incomoda, que parece que interfere em todo o resto.
o mais curioso disso tudo é que, analisando todos esses fatos, as coisas parecem fáceis. é só dizer 'vou consertar isso', 'vou ser uma pessoa mais conformada daqui pra frente', 'não vou chorar de barriga cheia', mas não é bem assim.
tente, pelo menos uma vez, não pensar nas coisas pequenas. faça esse teste. é praticamente impossível. sempre haverá aquela pedrinha no seu sapato. aquela pulga atrás da orelha.
até mesmo as pessoas menos afortunadas, que sonham em ter uma vida melhor e vivem dizendo que 'se tivessem tal coisa, não desperdiçariam', 'se pudessem fazer tal coisa, não reclamariam tanto quanto quem tem', se realmente tivessem a oportunidade de ter tudo o que querem e tudo de que necessitam, reclamariam, chorariam de barriga cheia e não saberiam como aproveitar corretamente o que possuem.
é a lei da vida. não há solução. o ser humano é um eterno insatisfeito... essa é a realidade.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

outro pra 2010.

com certeza a maioria das pessoas acha que esse negócio de começar uma vida nova só porque o ano virou é uma grande besteira, mas quem nunca fez uma promessinha de véspera de ano novo? e outra... e se alguém acredita realmente nisso?
um ‘serial killer’ decide parar de matar em 2010. qual é a credibilidade que ele tem com a sociedade? nenhuma. mas e com ele mesmo? se ele realmente acredita nisso e sente que pode e que vai conseguir, quem pode dizer a ele que ele é incapaz?
acho que isso é o que realmente importa: acreditar que, com a entrada de um novo ano, as coisas podem mudar para a melhor.
e a alma de tudo não está na virada do ano e, sim, na força de vontade do ser humano. esse negócio de que é no começo do ano que se transforma a vida só foi imposto porque precisamos de um momento certo para começar a agir, e por que não usar o último dia de um ano para fazer promessas, e o primeiro de outro para começar a colocar em prática? soa tão apropriado, mesmo que, em quase todos os casos, a vida continue exatamente a mesma.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

final feliz.

eu não sei por que eu desejo tanto que tudo o que eu quero aconteça logo. se tudo acontecesse a hora que eu desejo, o que sobraria pro final? ou melhor... será que o final já não teria chegado? teoricamente, eu estaria completamente realizada e eu teria o meu ‘final feliz’ antes da hora.
aliás, quanto tempo pode durar um final feliz? será que ele consegue agradar para sempre? será que ele faz jus ao que idealizam sobre ele?
se eu tivesse escolha, preferiria ter uma vida feliz e não me importaria se um final triste aparecesse. afinal, o que é um finalzinho triste perto de anos e mais anos de realizações e alegria? mantendo essa idéia, teria-se menos anseios quanto aos tais finais felizes e daria-se mais valor à simplicidade da vida inteira feliz que, em geral, o ser humano leva e nem percebe.

lembranças

fotos. papel. desenho. poeira. prateleira. boneca. quarto. cozinha. roupa. letra. igreja. dor. amor.


... se quiser ir, cê que sabe... vou te guardar no coração, assim como todos os que já foram embora.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010.

jogue tudo que se tem pra jogar
pela janela do mais alto prédio
se desfaça das antigas cartas
e das caixas velhas
esqueça o velho amor

corte seu cabelo
pinte as unhas de vermelho
se enfeite no espelho
troque o tom do batom
amanhã é primavera
o seu inverno já passou
saia e veja o jardim
onde nunca pisou

eles também.

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nada de muito interessante. só alguém que não vive sem música e sem amor.