segunda-feira, 29 de junho de 2015

Hoje eu acordei desabitualmente sonolenta. 
Abri os olhos e, apesar de ter dormido aproximadamente 8 horas, não tive vontade alguma de levantar. Mas eu tive. Não tinha trabalho para fazer, mas a esteticista me esperava para uma limpeza de pele.
Eu levantei, e completamente sem fome (ou vontade de comer), comi apenas um morango, para não ter tontura. Eu me acostumei a comer pela manhã.
Fui, fiz o que devia, e o mal-estar ficou pior. 
Cheguei em casa, tive aulas de francês e não consegui me distrair. A aula não ajudou também. Quem consegue prestar atenção numa aula de gramática francesa, por 1h? Meu déficit de atenção não permitiu que eu prestasse mais do que 5 minutos de atenção. E a professora não é burra. Ela sacou que eu estava ali apenas em corpo.
Me veio algo na mente: um banho me ajudaria. E eu tomei. E estava enganada. 
Continuo igual. 

Minha mãe me chamou para almoçar, e junto com o almoço veio um desabafo da minha mãe. 
As coisas não estão boas na casa da minha avó. E ela não tem sido fácil para minha mãe e tia.
E eu me sinto impotente.
Sabe quando parece que nada tem solução?
É assim que a segunda-feira amanheceu.

Eu deveria estar animada como todos os anos, final, faltam 7 dias para o meu aniversário.
E por que eu não estou?
Boa pergunta.
Sabe quando você sabe qual é o problema, mas não sabe como começar? Essa sou eu na vida.
Aí eu decidi: dia 6 é meu aniversário e aparentemente tudo estará normal. E até mais feliz.
Então meu prazo para melhorar as coisas é dia 7.
Quem sabe não dá certo? Quem sabe não tenho mais clareza para resolver tudo e ficar bem?
Melhor, eu digo. Bem eu estou.




Preciso me decidir.
Preciso tomar um passo.
Preciso de um rumo.


É perda de tempo?


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Entendendo o que já havia sido dito.

"Eu sou uma pessoa difícil. Não me relacionaria comigo mesma".

E foram essas uma das primeiras palavras trocadas entre mim e ela.
Ou melhor, umas das primeiras coisas que ela resolveu, por qualquer motivo, verbalizar para mim.

Vamos à minha inocência: é claro que eu, como boa canceriana, quase zero-pé-no-chão, entendi tudo isso como - Ah, é só questão de tempo e as coisas mudam.

FUEN. Erro 404. 
Deveria estar na constituição uma coisa dessas. Deveria ser crime achar que mudanças são fáceis assim. As pessoas deveriam ser punidas ao acreditar nisso. Doeria menos, acredite.

Exatos 2 meses depois, estou aqui.
Eu que comecei com aquele discurso de 'não quero nada sério também', 'eu tô de boa', 'vamos curtir, uhu!'. 
É, eu sou uma falha.

Vamos lá. Hora de culpar a astrologia por isso.

Nasci às 3 horas e 40 minutos do dia 6 de julho de 1991, em São Bernardo do Campo, o que faz de mim, pelo meu mapa astral, uma Canceriana, com ascendência em Gêmeos e lua em Áries.
Sem contar meu Mercúrio, Marte, Vênus e Júpiter em Leão.
Urano e Netuno em Capricórnio.
Plutão em Escorpião.
Saturno em Aquário.
Descendente em Sagitário.
Meio do céu em Peixes.
Fundo do céu em Virgem.

E o que significa tudo isso? Talvez nada. Sei muito pouco. Mas vou tentar explicar com o modo com o qual EUzinha me vejo. 
Mas vamos lá. Começarei com a descrição de como eu descobri que não gostava apenas de meninos (parece uma baita enrolação, mas colocando isso aqui talvez eu tenha mais clareza sobre o grande 'problema' em que me encontro neste momento).

Lá pelos anos de 2004, na sétima série, aos 12 anos de idade, eu tinha uma amiga (ainda tenho, mas a gente se fala bem pouco - uma vez a cada 6 meses e olhe lá) canceriana, e éramos muito próximas. Passávamos os intervalos e às tardes na escola juntas. Eu era realmente muito apegada à ela (leia-se quase possessiva porque morria de ciúmes de vê-la com alguém) e para vocês terem uma noção, a mãe dela tirava o telefone da tomada para eu não ligar para ela porque a gente passava mais de duas horas falando sobre nada.
Hoje eu olho pra trás e penso: A mãe dela era tão religiosa. Certeza que achava que eu estava apaixonada pela filha dela.
Mas eu realmente estava?
É aí que a Elise, a própria amiga, entra.
Ela foi quem me fez perceber que tinha algo 'errado' em mim.
Um pouquinho mais pra trás na minha vida, lá pelos 4 ou 5 anos, eu já apresentava sinais de que meu apego a pessoas do sexo feminino era bem maior do que às do sexo masculino. E posso enumerar diversas situações em que minha mãe teve que me tirar aos prantos de perto de alguma coleguinha porque eu queria ficar grudada nela. 
E as mulheres mais velhas não escapavam também não. Quando eu admirava alguém, meudeusdocéu, eu sofria para me desapegar. E minha pobre mãe sofria junto, sem entender.
Dentre todas elas: minhas amigas, amigas do meu irmão, monitoras de hotéis, primas, conhecidas... Todas que você pode imaginar.
Parece banal, né? Mas não.
Era basicamente assim: eu conhecia alguém, admirava aquela pessoa, automaticamente me sentia conectada, grudava nela, queria saber tudo sobre ela, imitar, ficar junto, e sofria quando a separação chegava. 
Se eu falar pra vocês que isso acontece até hoje, vai rolar uma preocupação? I'm sorry. It does happen.
Acho que já deu pra perceber como funciona, né?
Agora vocês perguntam: comé que isso te faz pensar que o problema são as mulheres?
Bom, apenas o fato de que nunca tive esse 'apego' todo com meninos, apesar de saber que eles me atraem desde bem novinha. Mas agora eu continuo...

Colocando todos os fatos mencionados acima à frente dos meus olhos, aos 12 anos, eu comecei a entender: eu gosto de meninas.
E se não fosse a Elise para sentar comigo e dizer 'o que tem de errado nisso? Eu não gosto, mas você pode gostar. Para de chorar. Não tem problema nenhum', talvez hoje eu não seria a pessoa que sou e não teria a mente aberta que tenho. Obrigada, Elise!
A vida continuou. Cheguei a me atrair por uma série de meninas, mas, aos 12 anos eu não fiz nada com isso. Continuei alimentando minhas paixões platônicas por meninos.

Aos 13 anos, saiu um boato na escola de que eu era lésbica. E eu me ofendi. Muito.
Ficaram dizendo que eu era super grudenta com a Elise, e queria ficar com ela.
Apesar de ter essa dúvida, invés de assumir que poderia ser isso, resolvi ficar relutante, brava e chorar. Mas sem ninguém saber. Se tem uma coisa que minha mãe ensinou foi: para uma boa provocação o melhor é fingir-se inatingível.
E foi o que fiz. E todos pararam. Pelo menos na minha frente.

Também aos 13 anos, eu tinha 2 amigas próximas. A Tamires e a Thaíse. A Thaíse tinha muito ciúme da Tamires e, um dia, me disse 'você parece lésbica do jeito que trata a Tamires!' e eu fiquei hiperofendida. Nossa, foi tipo o segundo fim do mundo pra mim. O primeiro, como podem imaginar, tinha sido o boato para toda a escola.
Agora, além de pessoas maldosas me pensarem lésbica, minhas amigas mais próximas achavam isso também!
Doeu. Chorei. Mas era um pouco verdade, não?
Bola pra frente.
Nunca deixei de me atrair por meninas, mas já não era o foco.

Aí vem a coisa mais engraçada e curiosa de todas.
Layla, minha melhor amiga da infância, me convidou para um passeio. E eu fui.
Dentro do ônibus, na hora da volta, eu a abracei e disse o quanto gostava dela.
Depois disso, soltei e pensei 'céus, o que eu tô fazendo? Ela vai pensar que sou lésbica'.
Hoje rimos muito disso porque Layla é lésbica assumida. E eu? Bom, eu continuo com a minha história.

Minha vida adolescente foi cheia dessas particularidades, até os 16 anos.
Essa foi uma data marcante. Dessa não dá pra escapar.
Uma das minhas melhores amigas da época, Letícia, e eu vínhamos conversando sobre ficarmos. Sei lá, um teste, sabe? Ver se eu gostava mesmo. Tirar a dúvida. Vai que era mentira, né? Coisa de adolescente. A famosa 'fase' que os pais insistem em mencionar.
Voilà. Numa festa da minha escola, fui pro banheiro com a Letícia e ela jogou a ideia 'vamos nos beijar?'. E eu aceitei. 
O tanto que eu tremia não tá escrito. E ela ria da minha cara. 
Fui lá, fiz, gostei. Voltei a ficar com a Letícia mais umas várias vezes. E eu tive certeza de que gostava da coisa.
Até namoramos por 3 dias. 
Ela é outra que me ajudou a entender muito bem onde todo esse negócio começou. Obrigada, Le.

Depois disso, não preciso dizer que tive certeza absoluta de quem eu sou, né? Odeio rótulos. 
Aliás, acho que boa parte dos bissexuais que conheço os odeiam.
Vocês, homossexuais, acham que sofrem preconceito? Sofrem, sim, mas nada comparado ao (muitas vezes) assédio pelo qual os bissexuais passam.
Quantos de vocês acreditam (de verdade) em bissexualidade? Bem poucos, aposto.
Hetero e homossexuais não entendem e não sentem na pele o que é ser um bissexual.
Quantas vezes tive que ouvir 'você tem que se decidir', 'do que é que você gosta de verdade?', 'de qual você gosta mais?'. E, apesar de muitas vezes não ser por mal, machuca.
Machuca porque é como se as pessoas duvidassem dos seus sentimentos. Achassem que você faz aquilo por pura safadeza. Por falta do que fazer. Por se sentir carente.
BITCH, PLEASE. Pare com isso. Apenas pare.
Incrível, né? Homossexuais, que passam por tanto preconceito, não têm dó não (sem generalizar). Acham ruim mesmo. Querem ser exclusivos, talvez.

Muitas vezes desejo ter nascido heterossexual. Ou até homossexual.
Desejo ter nascido gostando de uma coisa só. Seria mais fácil. Ou não.
Daí eu volto e percebo que gosto de ser assim. É divertido. É interessante. E bem particular.



Amor é amor. E não importa por quem.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Is it the end?

This Isn't The End - Owl City

An eight year old girl had a panic attack
'Cause the father she loved left and never looked back
No longer the hero she counted on
He told her he loved her and then he was gone
She tried to look happy in front of her friends
But knew that she'd never feel normal again
She fought back the tears as they filled her eyes
And wanted him back just to tell him goodbye

When the rain falls down
When it all turns around
When the light goes out
This isn't the end 

Her dad was a good guy that everyone liked
But nobody knew he was dying inside
He promised his family he'd be alright
And then with a gunshot he left them behind

When the rain falls down
When it all turns around
When the light goes out
This isn't the end 

When the rain falls down
When it all turns around
When the light goes out
This isn't the end 

The role of a father he never deserved
He abandoned his daughter and never returned
And over the years though the pain was real
She finally forgave him and started to heal
How close is the ending, well, nobody knows
The future's a mystery and anything goes

Love is confusing and life is hard
You fight to survive 'cause you made it this far
It's all too astounding to comprehend
It's just the beginning this isn't the end
It's just the beginning this isn't the end

domingo, 16 de setembro de 2012

Quem é você?

Já cantava Caetano Veloso... "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é".

Quando você acha que se conhece e que consegue prever as próprias atitudes, vem uma situação e põe à prova 21 anos de rotina. Não que isso seja negativo. É apenas um desvio. Tudo aquilo que você sempre clamou jamais ser capaz de fazer chega até você e, olha! Nem é tão impossível assim. Nem tão mal assim. 
É uma pena que isso não envolva só você. É aí que vem um monte de gente apontar o dedo na sua cara e dizer "Que coisa horrível! Como você foi capaz?'. Bem... Eu fui capaz porque sou humana. Posso ser politicamente correta, mas, quando menos espero... Puff... Saio da rotina. E os que não o fazem pensam-se no direito de criticar.


Pois que critiquem... A vida é feita de mudanças. Vai de você adaptar-se ou não a elas.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

qual é?

às vezes eu tenho saudade de fazer esportes, sabe? me exercitar. esse tipo de coisa que faz a gente suar, ofegar e ficar cansado. esse tipo de coisa que deixa o corpo cansado. gostaria que novamente eu pudesse sentir como é ter o corpo cansado por ter feito um grande esforço e deixar a mente pra lá. uma mente cansada é insuportável. e pior ainda é um coração cansado. cansado de sentir. cansado de se envolver. cansado de tentar. tudo em vão. 
quando sofremos uma decepção, muitas vezes repetimos para nós mesmos que nunca mais vamos nos deixar passar por essa dor novamente. que vamos nos proteger e ficar mais atentos. tudo besteira. é só um belo par de olhos aparecer, dizer meia dúzia de palavras bonitas que você se deixa levar. deixa-se entregar e levar, e tudo parece eterno. tudo mentira.
mas e ai? qual a saída para isso? 




se é que existe uma...

sábado, 31 de dezembro de 2011

tchau, 2011.

sei que não fui das mais presentes aqui no blog esse ano, mas é hora de fazer aquele famoso balanço de final de ano. e pra quê? quem sabe, quando eu tiver uns 40 anos, eu volte aqui e leia as coisas que eu escrevia antes dos 20.

2011? bom... acho que posso considerar este o ano no qual eu mais aprendi e vivi, de verdade.
conheci pessoas espetaculares, outras que poderia ter deixado de conhecer que nada mudaria pra mim... e pessoas que sei que não quero carregar comigo.
aprendi o que é viver por mim, durante 6 meses, sem o conforto do meu lar. conheci lugares maravilhosos. senti saudade. continuo sentindo. uma parte de mim mudou, mas a essência continua a mesma.

o final do ano tem sido muito difícil, mas sei que logo isso muda.
Ano Novo, vida nova. não é mesmo? who knows.

Feliz 2012!
até mais!

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nada de muito interessante. só alguém que não vive sem música e sem amor.